sábado, 22 de janeiro de 2011

Morte

Hoje fique sabendo que uma conhecida minha, jovem, bonita, tudo pra ter futuro, morreu num acidente de carro, isso me fez pensar como nossa vida é efêmera... nós acordamos todos os dias sem saber que uma das maiores vitórias daquele dia é o simples acordar e ver que ainda esta no mundo, na luta, ainda vivo.

Muitos vivem , outros sobreviverm ou outros ainda simplesmente duram... ninguem sabe se, depois que o brilho dos nossos olhos se apagar, existe outra vida, outra encarnação , um lugar pós morte onde nossos epcados são epsados para irmos ao céu ou inferno, ou ainda simplismente a vida some e não temos consciencia de mais nada.


Tudo pode ceifar o bem mais precioso que temos, doenças, nós mesmos, ou ainda um pisão errado no momento mais feliz e memso assim continuamos nos emportando com objetos que não estarão conos após o ultimo suspiro. Nossos corpos apodrecem e nada mais pode ser feito...

Viver pensando que o próximo segundo pode ser o ultimo muitas vezes é deprimente, pessimista e mesmo assim é possivel que ele seja o ultimo mesmo, temos de aceitar nossa total vulnerabilidade e não remoer nada até o próximo segundo, pois ele pode ser o ultimo, e creio que ninguem quer descobrir o que rola no final da estrada estando com alguma angústiapendente.

Termino esse post com uma musica de Raul Seixas e Paulo Coelho, didicando tudo que está escrito aqui à Juliana, que ela descanse, e que onde estiver saiba que deixou aqui muito com desorientados com sua repentina falta e com muitas saudades dela.



Canto Para A Minha Morte

Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida...

Um comentário:

  1. As vezes o motivo de nossas vidas nem cabe a nós mesmos.
    Fadados ao desenvolvimento todos temos alguma trilha. Aproveitemos os cruzamentos para o prazer, aprendizado , descanso e ações.

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