domingo, 13 de fevereiro de 2011

Texto de uma madrugada

A existência de um ser vivo é a mais louca e difícil guerra que se pode enfrentar, a luta pelo evoluir e sobreviver. Vencemos muitas batalhas dessa guerra, mas ela em si é perdida, pois a vida para nós é frágil e curta.
No final, todos morrem jovens, sem poder fazer tudo o que desejaram e mesmo assim não se tem mágoa disso, pois em um segundo você sente o vento no rosto e no outro, você não sente absolutamente nada, não tem consciência nem sentidos. Não e sabido se existem outras chances de se voltar ao mundo material, e se existir volta, nada é lembrado.
A jornada começa (ou recomeça), aprende-se de novo, percebe de novo, faz-se de novo, e tudo apenas para deixar de existir ou ir a um paraíso ou inferno.
Não é percebido que ficar de um lado só do ciclo é impossível, ambos ficam no mesmo lugar e é extremamente difícil separá-los. Paraíso ou Inferno, Elíseos ou Tártaro, bem e mal, ambos em nós, ambos no que nos cerca, equilibrando os momentos para não nos perdermos.
Dor e felicidade são sentidas, mas não compreendidas, uma nos mostra que sofremos que estamos realmente vivos e ainda nos faz lutar, nos faz ser mudar o mundo para encontrarmos a felicidade, a vitória, a paz.
Nossa essência é como um furacão, aterrorizador e belo, têm corações em chamas pela luta do dia-a-dia, queremos isso, fazemos isso, sentimos cada dia de paz, cada hora de amor, cada minuto de tranqüilidade, cada segundo de dor, cada milissegundo de loucura pronta para se libertar.
Não temos presas, garras ou respiramos na água, entretanto temos coisas mais eficazes e mortíferas que isso, uma mente que pode suprir essa falta de defesa física com aparelhos, temos um coração totalmente louco por mais desafios e conhecimento.
Criamos laços com outros iguais a nós para ter força, para ter companhia, para ter com quem viver a luta, a paz. Apoiamos-nos nesses laços para fortalecer a nossa mente, porque mentes fracas não sobrevivem na selva de carbono de nosso mundo.
Catalogamos o mundo à nossa maneira, que nos parece funcionar porque na verdade é à maneira da vida, como somos feitos, como fazemos...
E daí que somos tudo isso? Texto sem sentido, mas pra que um sentido se todo morri jovem? Sem o que queremos encontrar, sem o que queremos fazer, apenas nós e os nutrientes que nos formam...



 Não gostou? Pau no seu cú ^^

Um comentário:

  1. o texto faz todo o sentido do mundo, p/ quem não procura sentido nas coisas. Adorei, mesmo.

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